CENÁRIO É SEGURO PARA FINANCIAR IMÓVEL
Quinta-feira, 25 de março de 2010
Um das atuais preocupações do setor imobiliário no Brasil é buscar outras alternativas de financiamentos, além da poupança (SBPE). O financiamento imobiliário deve puxar a expansão do crédito no País, num processo que já conta com o forte incremento do consumo, empréstimo consignado e do financiamento ao setor automotivo.
Apesar de representar menos de 5% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, o crédito imobiliário vem mostrando sua força nos últimos cinco anos.
É diante deste cenário, que o Banco Central visa acompanhar a expansão deste setor para que ele ocorra em bases seguras e transparentes. E, assim, evite o que ocorreu nos Estados Unidos: a "bolha" imobiliária que deu início à crise econômica mundial em 2008.
Crescimento
O diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, Alexandre Antonio Tombini, observou ontem, durante o último dia da 2ª Conferência Internacional de Crédito Imobiliário, que o financiamento para habitação no País cresceu 45% em 2009.
Tombini destacou que esse desenvolvimento deve ocorrer em ambiente sólido e sustentável e com arcabouço legal eficiente. A partir destes "desafios", segundo o diretor do BC, os principais objetivos de trabalho do órgão são estimular a concorrência a lançar novos produtos no mercado e aprimorar o marco regulatório.
Contratação ainda incipiente
Tombini reconheceu que a contratação de crédito imobiliário ainda é incipiente no País, mas seu potencial de crescimento já indica necessidade de alguns ajustes. "É preciso confrontar o comportamento do mercado neste período de crise, do qual saímos, com o modelo que queremos para crescer com qualidade nos próximo anos". Para atender esta finalidade, ele apontou o origem do crédito e a transparência dos contratos como fatores para promover esse crescimento sustentável. "Os agentes financeiros têm que preservar a qualidade das carteiras", afirmou. "O BC estará atento para intervir, se necessário".
Entre os fatores que devem ajudar a alavancar o setor, ele citou a securitização, que tem papel de atrair recursos compatíveis com o crédito imobiliário, e a criação de um indicador de preços para monitorar o mercado habitacional.
Indicador
Cotado para suceder Henrique Meirelles no comando do Banco Central (BC), o diretor de Normas da instituição, Alexandre Tombini, defendeu ainda a necessidade de criação de um índice de preços de imóveis (casas, terrenos, etc) Atualmente, só existem índices que medem custos da construção dos imóveis e não da variação do preços das casas, prédios e terrenos.
O novo índice, segundo Tombini, seria usado pelo BC no monitoramento do setor, que vem crescendo de forma expressiva no País, ajudando a evitar riscos para o sistema financeiro.
"Há uma necessidade de termos um indicador de preços confiável, robusto e com bastante abrangência. Não só para o mercado definir estratégias e mensurar riscos, mas também para o monitoramento do regulador e por parte das próprias instituições financeiras. Precisamos avançar nisso".
HÁ CRÉDITO
Cliente olha a capacidade de pagamento da prestação
O vice-presidente da área imobiliária do Sindicato das Empresas da Construção Civil no Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro, que acompanhou a 2ª Conferência Internacional de Crédito Imobiliário, garantiu que o mutuário conta com segurança para comprar imóvel.
"Há crédito hoje. As pessoas nem olham o valor do imóvel mas a capacidade de pagar a prestação durante um tempo. Temos prazo e financiamentos abundantes", diz. Acrescenta que o mercado está crescendo cada vez mais. "Mas precisamos de outras alternativas de financiamentos imobiliários".
Com o crescimento dos financiamentos, a poupança deve se esgotar e o Brasil deve ir atrás de outros investimentos", analisou o construtor.
Fonte: Diário do Nordeste
Quinta-feira, 25 de março de 2010
Um das atuais preocupações do setor imobiliário no Brasil é buscar outras alternativas de financiamentos, além da poupança (SBPE). O financiamento imobiliário deve puxar a expansão do crédito no País, num processo que já conta com o forte incremento do consumo, empréstimo consignado e do financiamento ao setor automotivo.
Apesar de representar menos de 5% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, o crédito imobiliário vem mostrando sua força nos últimos cinco anos.
É diante deste cenário, que o Banco Central visa acompanhar a expansão deste setor para que ele ocorra em bases seguras e transparentes. E, assim, evite o que ocorreu nos Estados Unidos: a "bolha" imobiliária que deu início à crise econômica mundial em 2008.
Crescimento
O diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, Alexandre Antonio Tombini, observou ontem, durante o último dia da 2ª Conferência Internacional de Crédito Imobiliário, que o financiamento para habitação no País cresceu 45% em 2009.
Tombini destacou que esse desenvolvimento deve ocorrer em ambiente sólido e sustentável e com arcabouço legal eficiente. A partir destes "desafios", segundo o diretor do BC, os principais objetivos de trabalho do órgão são estimular a concorrência a lançar novos produtos no mercado e aprimorar o marco regulatório.
Contratação ainda incipiente
Tombini reconheceu que a contratação de crédito imobiliário ainda é incipiente no País, mas seu potencial de crescimento já indica necessidade de alguns ajustes. "É preciso confrontar o comportamento do mercado neste período de crise, do qual saímos, com o modelo que queremos para crescer com qualidade nos próximo anos". Para atender esta finalidade, ele apontou o origem do crédito e a transparência dos contratos como fatores para promover esse crescimento sustentável. "Os agentes financeiros têm que preservar a qualidade das carteiras", afirmou. "O BC estará atento para intervir, se necessário".
Entre os fatores que devem ajudar a alavancar o setor, ele citou a securitização, que tem papel de atrair recursos compatíveis com o crédito imobiliário, e a criação de um indicador de preços para monitorar o mercado habitacional.
Indicador
Cotado para suceder Henrique Meirelles no comando do Banco Central (BC), o diretor de Normas da instituição, Alexandre Tombini, defendeu ainda a necessidade de criação de um índice de preços de imóveis (casas, terrenos, etc) Atualmente, só existem índices que medem custos da construção dos imóveis e não da variação do preços das casas, prédios e terrenos.
O novo índice, segundo Tombini, seria usado pelo BC no monitoramento do setor, que vem crescendo de forma expressiva no País, ajudando a evitar riscos para o sistema financeiro.
"Há uma necessidade de termos um indicador de preços confiável, robusto e com bastante abrangência. Não só para o mercado definir estratégias e mensurar riscos, mas também para o monitoramento do regulador e por parte das próprias instituições financeiras. Precisamos avançar nisso".
HÁ CRÉDITO
Cliente olha a capacidade de pagamento da prestação
O vice-presidente da área imobiliária do Sindicato das Empresas da Construção Civil no Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro, que acompanhou a 2ª Conferência Internacional de Crédito Imobiliário, garantiu que o mutuário conta com segurança para comprar imóvel.
"Há crédito hoje. As pessoas nem olham o valor do imóvel mas a capacidade de pagar a prestação durante um tempo. Temos prazo e financiamentos abundantes", diz. Acrescenta que o mercado está crescendo cada vez mais. "Mas precisamos de outras alternativas de financiamentos imobiliários".
Com o crescimento dos financiamentos, a poupança deve se esgotar e o Brasil deve ir atrás de outros investimentos", analisou o construtor.
Fonte: Diário do Nordeste